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O lado positivo da raiva


Benjamim Franklin que quando era jovem, inicialmente vendia velas de cera e em adulto identificou as cargas negativas e positivas demonstrando que os raios são de natureza elétrica e na sequência, por volta de 1752 que inventou o primeiro para-raios, um dia afirmou:

“ A raiva nunca é sem motivo, embora raramente seja um bom motivo.”

Etimologicamente a palavra Raiva deriva do latim vulgar Rabia e do latim clássico RABIES, significando doença, frenesi, violência e delírio inspirado.

Já o dicionário define a palavra Raiva de várias maneiras muito interessantes, nas quais pouco pensamos ou delas temos consciência:

- A primeira definição diz que a raiva é uma doença infecciosa transmissível pela mordida de animais contagiados, provocada por um vírus que ataca o sistema imunitário dos mamíferos, e é caracterizada por estados de agitação que podem levar ao delírio furioso e á paralisia.

- A segunda definição diz que a raiva é um sentimento de fúria intensa que pode manifestar-se através de agressividade física ou verbal, é muitas vezes conhecido por ataques de cólera ou de ira.

- A terceira definição diz que a raiva é uma grande irritação ou aversão em relação a algo ou a alguém, é também conhecida por horror, ódio e rancor.

- A quarta definição diz que a raiva é um prurido da dentição infantil conhecida por raivinhas.


- A quinta definição diz que a raiva é o desejo ou apetite intenso e irresistível.


É muito interessante constatar que o dicionário tem razão, porque todas as pessoas desde muito cedo, inevitavelmente passam por momentos de raiva e por todas as suas variantes.


Para a psicologia a raiva é um sistema psicoemocional controlador pela necessidade de autodefesa, que se manifesta espontaneamente em momentos que se sinta a integridade física e a dignidade pessoal ameaçadas. A raiva é uma das emoções mais difíceis de controlar porque ela própria é um argumento altamente convincente.

Quando a raiva é manifestada em baixo grau ela é conhecida por mau-humor e rezinga.


Para a Psiocologia Positiva todas as emoções negativas como têm si um potencial positivo, e neste caso, a raiva, pode impulsionar-te e ajudar-te a superar aquilo que te está a incomodar através da possibilidade para estabeleceres e colocares de limites.


Esta emoção dita negativa é selvagem, espontânea e não conhece refreamento. Quando se dá conta já está!


A solução mais inteligente não será controlá-la, porque ela não é evitável, a melhor solução será apreciá-la e apurar o seu potencial positivo colocando-o a favor do teu bem-estar e do teu florescimento pessoal.


O primeiro passo é parares de ruminar os motivos que te levam a sentir raiva.


Quando a sentes raiva, não permitas que ela comece a escalar no sentido negativo da agressividade, foca a tua atenção em outra coisa – No podcast 23 já aprendeste a gerir a mudança de foco com a prática de atenção plena para dessensibilizar a frustração – quanto mais praticares o movimento de deslocação dos focos mais facilmente consegues gerir a emoção negativa da raiva, usufruíres do seu potencial positivo para criares limites e para te impulsionares noutras questões que sejam realmente importantes para ti.


Regra geral, quando sentes raiva, essa raiva não é tua, ela surge por alguma contrariedade que te aconteceu inesperadamente, ou é provocada por alguém que sente raiva dentro de si e como é tão intensa precisa de a partilhar com outra pessoa, quem estiver por perto e desprevenido, acaba por aceitar essa condição, sem ter tempo para pensar.


O resultado disso é a ruptura, a zanga, a briga, e muitas vezes o ataque físico e verbal, que quando escala, destrói relacionamentos, pessoas e pode causar danos psicológicos e materiais.


Existem teorias de autoajuda que incentivam a extravasar a raiva, como golpear almofadas, partir objetos, gritar, até sentires que esvaziaste a raiva, mas na verdade isso é fazer escalar a raiva.

Aquilo que sentes no final, não é um cansaço por esvaziamento da raiva, é um cansaço pela tensão que criaste em ti mesmo/a, e é temporário, daí por pouco tempo, voltas a ter necessidade de repetir. Então isso não é bom – é como se estivesses sempre a colocar o dedo na tua ferida.


Os estudos da psicologia positiva comprovam que esta atitude levam-te para outro nível ainda mais grave – o ponto do sequestro emocional – que consiste em deixar a raiva no controle, e de tal forma que depois nem te lembras do que fizeste, do que disseste e te surpreendes com os estragos que causaste.


Em caso algum devemos negar os sentimentos e as emoções negativas nem positivas, porque todas são essenciais ao desenvolvimento psicológico e emocional e como Carl Jung dizia: Tudo aquilo a que se resiste, persiste!


Aceitares e tomares consciência de que sentes raiva, inacreditavelmente afasta-te daquilo que te causou essa emoção, porque essa atitude é motivada pela tua inteligência emocional que baixa naturalmente a intensidade dar raiva e te deixa ver e colocares os limites com mais consciência e pacificação.


Prática de Atenção Plena para dessensibilizar a raiva

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